terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A culinária Marroquina

Se estiver com fome, vá comer e depois volte para ler esse post, porque com certeza ele vai dar água na boca.

A comida no Marrocos é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito boa!!!!! Se tem uma coisa que com certeza eu vou sentir falta, é da comida. Aqui eles condimentam muito, usando na maioria das vezes cuminho.

Uma refeição típica marroquina começa com a salada marroquina, (que é como o nosso "vinagrete", porém com cuminho) ou com a Harira, uma sopa rica de carne, legumes e grãos. Segue-se normalmente um Tajine (cozido de carnes com legumes ou batata frita e tomate, cozinhado e servido num recipiente de barro com o mesmo nome, com 1001 variantes) ou uma das dezenas de variedades de Cuscuz, que é cozido no vapor, dentro do Tajine (panela de barro), sendo acompanhado de legumes, carne de vaca, frango, peixe, etc

Também tem o churrasco marroquino, o Méchoui, que são carnes de vários tipos num espeto de metal ou a Pastilla Marroquina, que é uma massa folhada muito fina com um recheio agridoce que pode variar.

Aqui, também pude experimentar o Triad, que é uma espécie de massa folhada com molho, acompanhada por frango e a Pizza do Sahara, que é uma massa que vai ao forno recheada por carne de camelo.

Por fim, bebe-se um típico chá marroquino, que é feito à base de menta. Delícia!

Curiosidades:

Aqui é comum se comer com a mão.
Geralmente os pratos acompanham pão
Cuscuz só é servido dia de sexta-feira (dia sagrado para os muçulmanos, como é o domingo para os católicos) e a bebida que acompanha é leite coalhado
Carne de porco é proíbido para os muçulmanos. O animal representa sujeira e coisas ruins e ninguém deve comer sua carne, segundo a tradição islâmica
Os marroquinos comem com os dedos da mão direita (o polegar e os três primeiros dedos), pegando a comida de um prato comunitário

O que como frequentemente aqui é o Tajine, em especial o de frango com azeitona preta e geralmente às sextas rola o cuscuz.

Seguem algumas receitas:

Cuscuz Marroquino

Ingredientes

3 ovos (claras em neves)
3 colheres (sopa) bem em cheias de margarina
1 colher (café) de sal
3 xícaras (chá) de farinha de milho
1 xícara (chá) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de fermento
2 colheres (sopa) de orégano
2 xícaras (chá) de leite
900 gramas de carne de pescoço de cordeiro
Legumes de sua preferência (não deixe de usar cenoura e nabo)
1/2 colher (café) de canela
Coentro e pimenta a gosto

Etapa 1

Preparar a massa do cuscuz

Na batedeira, bata as gemas, a margarina e o sal. Depois junte a farinha de milho, a farinha de trigo, o fermento, o leite e o orégano. Acrescente as claras em neve.

Unte uma forma redonda, com margarina e farinha de trigo. Coloque a massa na forma. Leve ao forno médio para assar por uma hora.

Etapa 2

O acompanhamento

Ferva a água com os legumes. Coloque a carne e tempere com coentro, canela e pimenta. Cozinhe no vapor três vezes – cada sessão por 15 minutos. Acrescente a massa do cuscuz. Você pode decorar com folhas de espinafre (como na foto). Serve 6 pessoas.

Tajine de Frango

Ingredientes

  • 1 frango com 2 kg
  • 1 cebola
  • 1 raminho de salsa
  • 2 colheres (sopa) de pão ralado
  • 1 ovo
  • 1/2 colher (café) de pimenta
  • 1 colher (sopa) de açafrão
  • 1/4 colher (café) de canela
  • 1/2 copo de óleo
  • Sumo de limão quanto baste
  • Sal quanto baste
  • Azeitonas verdes
Modo de preparo
  • Arranje o frango e leve-o a ferver em água durante cerca de 30 minutos.
  • Deixe arrefecer e corte em pedaços.
  • À parte, misture a cebola picada, a salsa e o pão ralado.
  • Junte o ovo, a pimenta e a canela e amasse até obter uma mistura bem homogénea.
  • Leve ao fogo num tacho o óleo, o açafrão, salsa picada, sumo de limão e um pouco da calda de cozimento o frango.
  • Deixe levantar fervura.
  • Acerte o sal e junte os pedaços de frango, previamente envolvidos na massa da cebola com o ovo.
  • Deixe cozinhar durante 30 minutos.
  • Depois de pronto, coloque numa travessa os pedaços de frango regados com o molho e enfeite com azeitonas verdes

 Como não podia deixar faltar, fotos das comidas:

Tajine Kefta (com almondegas de carne de carneiro e ovo)

Cuscuz com Harira (ainda não tirei foto de um cuscuz no Tajine hehehe)

Pizza do Saara - A carne de camelo tá aí dentro
Triad



Bom apetite!


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A mulher e o véu

Todos sabem que é da tradição muçulmana que as mulheres não mostrem sua forma. Aqui no Marrocos esse hábito não é obrigatório, uma vez que o país não segue à risca todos as tradições muçulmanas pois ele não é regido 100% pelas leis islâmicas, sendo um estado "meio laico", ou seja, há leis e regulamentações feitas também pelo governo, tornando o Marrocos um dos países muçulmanos mais liberais.

Voltando às mulheres: é muito comum você ver na rua mulheres com e sem véu, para mim a proporção ta 50% a 50% de mulheres que cobrem ou não o rosto. É nomal ver grupos de garotas andando na rua, umas com, outras sem... Indo mais para o interior, já é mais difícil de ver mulheres até mesmo com o rosto descoberto, mas uma coisa que eu não sabia é que não é obrigatório cobrir todo o rosto, como diz o sheikh Juma Momade nessa entrevista:

"'Deus ordenou que as mulheres cubram todo o corpo, exceto a face e as mãos. É uma tradição de 1.431 anos', diz. Não se deve, de forma alguma, chamar a atenção dos homens. Já a burca e o niqab não são usados porque o Islã ordenou; são instrumentos de quem quer ir além do que determina o livro sagrado.
Ele ressaltou ainda que o uso de véu é um costume de outras civilizações, até as mais antigas. "Está na Bíblia, no Torá. Judias usavam, há mais de 5 mil anos, e não se pode esquecer de Maria, mãe de Jesus. E as freiras católicas, não colocam até hoje?"
Para completar o traje, não é preciso usar apenas os tradicionais vestidões de mangas compridas e cores discretas. Calças também são permitidas, desde que largas. É proibido revelar as formas femininas." - Matéria Completa

O ponto é: mas por quê? Perguntei a algumas pessoas sobre isso e td o mais, mas sempre recebo a resposta de que é questão cultural e religiosa, mas eu queria saber o por quê. Conversei com meu amigo Douglas Google e ele me disse isso:

Modéstia islâmica


Em algumas subculturas Islâmicas, mulheres escolhem se usam o niqab, uma peça de roupa que pretende ocultar cada parte do corpo, às vezes incluindo os olhos. Usar um niqab (às vezes referido como burqa, embora este termo tecnicamente só aplica a uma peça de roupa afegã) é bastante comum em muitos países Islâmicos. Interpretações Islâmicas exigem das mulheres cobrir tudo, com a exceção das mãos (o pulso) e rosto; a escolha de estender isto ao rosto e mãos é voluntário, e expressa maior modéstia e santidade a muitos. No entanto, alguns entendem que os ensinos do Alcorão em vestimentas exigem das mulheres usar o niqab. Mulheres Muçulmanas adicionalmente, muitas usam o headscarf Islâmico, ou hijab, como um meio de expressar a modéstia.
Em países bem Islâmicos, tais expressões de modéstia são voluntárias. Em outros, tal como Afeganistão sob o Taliban, eles foram impostos sob a ameaça de castigo físico severo."

Fonte: Wikipedia

Detalhando mais, achei o blog A Mulher no Islam que diz algumas coisas interessantes também:

Onde tudo começou

O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, foi revelado ao profeta Muhammad durante vários anos de sua vida, isto é, a revelação completa se deu após um longo período. Um dos mandamentos Islâmicos para as mulheres foi a modéstia e recato nas vestimentas. O Alcorão diz:"Ó filhos de Adão, enviamos-vos vestimentas, tanto para dissimulardes vossas vergonhas, como para o vosso aparato; porém, o pudor é preferível! Isso é um dos sinais de Deus, para que meditem." [Alcorão Sagrado 7:26]

"Dize às fiéis que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem; que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos." [Alcorão Sagrado 24:31] 

"Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos fiéis que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." [Alcorão Sagrado 33:59] 

Os grandes sábios do Islam, após, um grande estudo baseado no Alcorão, nos ditos e nas ações do profeta Muhammad, seus companheiros e companheiras, estabeleceram que a vestimenta da mulher muçulmana deve:

-  Ser modesta, recatada; com função de proteger suas partes privadas e adornos fisícos.
- Cobrir todo o corpo revelando apenas as mãos e o rosto.

- Evitar os exageros; luxo.
- Ser bem cuidada e limpa.
- Fugir de tecidos transparentes, modelos rente ao corpo e revelador de suas curvas.
- Ser feminina, não assemelhando-se às vestimentas masculinas.

Tendo sido isto estabelecido pelo Islam há 1400 anos atrás, as primeiras muçulmanas assimilaram a exortação e praticaram o uso de roupas de acordo com a lei Islâmica, isto é, passaram a usar vestimentas mais modestas, condizentes com o Alcorão


Post completo, falando inclusive sobre a Burqaa e tipos de vestimenta, aqui

Por isso, a questão de se cobrir toda - ou não - é meramente cultural e não tem nada a ver com a religião. Para as mulheres que fazem isso, é apenas uma questão de respeito. Independente de cobrir todo o corpo ou apenas parte dele, a ideia de deixar apenas o rosto e mãos à mostra (ou não) serve apenas para não incitar o desejo masculino, sendo quase como medida de proteção.

E o que pensam os homens sobre isso? O trecho tirado do blog de Mariana Villar: Lost in Morocco explica isso bem

Lost in Morocco: Por que as Mulheres Muçulmanas Cobrem o Corpo, via...:

" 'A guy asked a Muslim: Why do ur girls cover up their body and hair?The Muslim guy smiled and got two sweets, he opened the first one and kept the other one closed.He thrown them both on the dusty floor and asked the guy: If I asked u to take one of the sweets which one u will choose? The Man replied: The covered one. Then the Muslim said that's how we treat and see our women..'

'Um homem perguntou a um Muçulmano: Por que as suas mulheres cobrem o corpo e os cabelos? O Muçulmano sorriu e pegou dois doces, abriu o primeiro e guardou o outro fechado. Após, jogou ambos no chão sujo e perguntou ao homem: Se eu pedisse para você pegar um dos doces, qual deles você escolheria? O homem respondeu: O fechado. Então, o muçulmano disse: É assim que nós tratamos e vemos nossas mulheres.'  

Think about it.."



sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lost in Morocco: Short Post: O CABELEIREIRO

Post publicado no blog de Mariana Villar: Lost in Morocco - presenciei o cara contando essa "tradição" e admito que a sensação não é das melhores depois de ouvir a história:

"Quem me contou a história abaixo foi um amigo marroquino - que aqui vou chamar de João. Ele tem hoje 20 e poucos anos. Sua história é similiar a de quase todos os meninos de sua idade.
Quando beirava os 06 anos, João dormia em sua cama, até ser acordado por quatro de seus tios. Eles o carregaram no colo até cozinha, o amarram junto a mesa e chamaram o cabeleireiro da família – sim, sempre o cabeleireiro.  
Em uma cozinha lotada, com uma mala cheia de tesouras e nenhuma anestesia, o homem que de dia corta cabelos, corta agora o prepúcio de João. Embora todo o processo não leve mais de uma hora, as comemorações que se seguem duram cerca de três dias...
A circuncisão não é obrigatoria para os Muçulmanos, mas é fortemente recomendada. Hoje, talvez, mais por razões médicas do que religiosas. Alguns meninos já a fazem no hospital. Pelo sim, pelo não, é melhor pensar duas vezes antes de ir ao cabeleireiro no Marrocos..."

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

1 Mês de Marrocos

Bem, ontem completei 1 mês de intercâmbio no Marrocos. Pretendo fazer uma série de posts sobre impressões, diferenças, cultura, etc...

Para começar, esse post é sobre a história do lugar que eu moro, chamado Oudaya, Oudaia, Udaia... como queiram e uma breve explicação do que é Medina ou Almedina:


Oudaya

Constituiu-se primitivamente numa pequena fortificação muçulmana, erguida a partir de 1150 pelo sultão Almorávida Abd-al-Mumun como defesa contra as tribos Bouraghouata.
Sob os Almoádas, transformou-se num ribat dominando a foz do rio Bou Regreg, que eles denominaram Mehdiya.
Após o domínio Almoáda a fortificação entrou em decadência, até à chegada de populações mouriscas da Andaluzia, quando conheceu um renascimento. Estes dedicaram-se à prática do corso a partir de Rabat, então capital do Marrocos. Neste período, os muros da kasbah foram restaurados e reforçados.
Na fortaleza dos Udaia, a parte mais antiga da cidade, instalou-se a maior parte dos três mil habitantes do povo extremeño de Hornachos , que se mantiveram unidos depois da expulsión e acabaram obtendo do sultán Mulay Zaydan o encarrego de reconstruir e custodiar a velha alcazaba. Nos anos seguintes desenvolveram uma nutrida e eficaz frota de barcos e em 1627, aproveitando as lutas internas dos poderes marroquinos, e com o apoio de Sidi Ayachi, governador de Salguei, proclamaram sua independência política fundando a República das Duas Orlas em Rabat (conhecida na Europa como «Salguei a Nova») e Salguei, dedicada fundamentalmente à actividade corsaria contra barcos cristãos.
A dinastia Alauita a seu tempo, comprometeu-se com o desenvolvimento do local entre 1757 e 1789, e novamente entre 1790 e 1792.
Toda a turbulenta história da região é evidente através dos monumentos que compõem a Kasbah de Oudaia desde o recinto Almoáda e sua famosa porta monumental ("Bab el Kebir"), um dos expoentes da arquitectura Almoáda, a mesquita conhecida como "Jamaa el Atiq", o recinto Alauita e o palácio a Oeste e a estrutura militar "borj Sqala".
A região foi transformada em protetorado Francês a partir do século XIX.


Kasbah de Oudaya - Porta Monumental



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kasbah_de_Oudaia


Medina

Almedina ou medina (المدينة العتيقة‎, em árabe) é o nome dado ao distrito histórico de diversas cidades do Magrebe, no norte da África. Costuma ser murada e conter um labirinto de ruas estreitas. Este tipo de centro urbano já era construído pelos árabes no século IX. Em árabe moderno, a palavra medina significa simplesmente "cidade".
As almedinas em geral contêm fontes, palácios e mesquitas históricos, monumentos que as autoridades locais atualmente procuram preservar devido ao seu valor cultural e turístico. A almedina de Túnis, por exemplo, é considerada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Costumam ser fechadas ao tráfego de automóveis e ocupadas por um suq (mercado).


Resumindo a conversa: eu moro dentro de um forte (Oudaya) e passo todo o dia por um mercado que vendem de tudo!! Não muito diferente do Brasil, que tem os camelôs e tudo o mais, mas enfim... a Medina é uma parte importante da cidade e é toda murada, para eles as Medinas são os centros antigos das cidades.

Observação: esse negócio de que Medina é fechada para passar carro é MENTIRA!!! Venha para cá e não tome cuidado não com as motoca passando toda a hora aqui para você ver se não te levam... tem bicicleta, moto e carro (não sei nem por onde entra, mas passa carro dentro da Medina daqui), loucura amigo!!

Fotos do meu trajeto diário casa-trabalho. Oudaya e Medina:
















Rua que eu moro na Oudaya
Vista do terraço de casa: Rio Bouregreg, Mausoléo de Mohammed V e Torre Hassan

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Balanço da 4a Semana

Semana de 27/12 a 02/01

Grande surpresa logo no início da semana: ganhei a semana de folga por causa das festas. Foi bom por um lado, porque folga é sempre folga, mas me chateei porque só fui avisado no dia... então planos do reveillon em Amsterdan com Finhas, Nívea e Amanda foi para o saco, bem como ter acordado 6 da manhã no domingo para vir de Casablanca também foi desnecessário.

De qualquer forma, com a folga, pude fazer outras coisas, como levar as roupas na lavanderia porque o bicho tava começando a pegar. Aqui cabe uma obervação: a característica marcante do marroquino definitivamente não é a limpeza. Sendo assim, não poderia esperar outra coisa das minhas roupas numa lavanderia marroquina do que uma lavagem meia boca. O importante nesse momento é se prender ao fato de ter tomado alguma providencia e tentar se convencer de que, se a roupa tava na lavenderia, foi lavada (apesar de algumas roupas terem chegado da lavenderia com um cheiro muito parecido de quando foram. Isso dificulta todo o processo).

Na quarta à noite o brazilian corner de Rabat partiu para Casablanca. Na sexta fomos para Ifrane com o pessoal da AIESEC Casablanca. Ifrane é uma cidade que fica mais no nordeste do Marrocos, é muuuuuuuito fria, tendo inclusive estação de ski e uma arquitetura bastante europeia. A cidade é muito diferente do resto do país, sendo bem organizada. Haviam muito policiais porque o rei do Marrocos estava lá no final de semana.




A viagem tinha tudo para ser muito boa, uma vez que a ideia era termos uma festa brasileira de reveillon e termos a possibilidade de conhecer a cidade. No fim das contas, o pessoal não tinha preparado nada para a tal festa, além de ninguém conhecer a cidade, resumindo: cilada, amigo!!! Foi o pior reveillon da minha vida, pelo o menos valeu o fato de conhecer a cidade, que é muito bonita.

Para vocês terem noção, eram 22:30 do dia 31/12 e a galera estava de pijama!!! Querendo jogar "Scrumble" (joguinho americano de formar palavras). O que salvou o fim de ano brasileiro é que Otília estava com Rishi na casa de um amigo, então fomos para lá, acabou sendo legal.



O resto da viagem foi bem frustrante porque, como disse, o pessoal não conhecia a cidade, além de não ter aquecedor na casa nem para água quente, ou seja, foram 3 dias frio e sem banho, voltando ao comentário anterior do atributo "limpeza" na vida marroquina (o que me salvou foi que tomei um banho de gato no sábado com "água morna"). Como os marroquinos não sabiam nem o que mostrar a gente, saimos explorando mesmo.

Enfim... esse foi um péssimo reveillon, infelizmente comecei 2011 com o pé esquerdo. O que atesta isso foi a volta de trem, com atraso de 2 horas, além de que no Marrocos não se vende passagem de trem respeitando o limite de assento, vai enfiando todo mundo no bolo para ver no que é que dá, e dá nisso:




Essa confusão aí é de gente querendo entrar/sair do trem, sem contar que dentro não tinha mais espaço para ninguém ir sentado. Obviamente, organização zero. Para sair desse trem comecei a cantar uma música do chicletão e sai como se tivesse na pipoca do carnaval, em plena Av. 7 - acredite: para ser carnaval so faltava música, porque muvuca era o que não faltava.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Balanço da 3a Semana

Semana de 20 a 26/12

A semana começou muito ruim, com frio, chuva e contratempos... talvez foi a semana mais "normal" até agora, já que não saí muito e fiquei mais em casa, aproveitando para descansar e dormir bastante.

A chuva atrapalou muita coisa e todas as noites ficamos em casa. Talvez a coisa mais interessante que aconteceu foi isso

No Natal, fizemos uma pequena festa aqui em casa com direito a amigo secreto e tudo o mais, sendo que o presente não deveria exceder o valor de 30 Dirhams. Tirei Leonardo e dei a ele um guarda-chuva, já que ele ainda não tinha. Otília me tirou e me deu um mini-tajine, com algumas mensagens, muito legal!!! Foi eleito por algumas pessoas o melhor presente hehehehehe



No fim-de-semana fomos a Casablanca encontrar com 2 trainees da AIESEC que estão lá. Fui com o "Brazilian Corner" em Rabat: eu, Leonardo, Juliane e Matheus. O plano era ir e voltar no sábado, mas acabamos ficando todo o fim-de-semana. Casablanca é a capital industrial/economica do Marrocos, é como se fosse São Paulo para nós, ou seja, a cidade é muuuito maior que Rabat (que é a capital administrativa, como se fosse Brasília) e mais cosmopolita.

Saímos daqui sábado de tarde e no trem fizemos amizade com um senhor que nos ajudou muito. Foi bem engraçado por que o cara começou a falar em francês e eu respondia a ele e o pessoal não sabia que eu falava francês, ficaram todos surpresos. No final das contas, ele nos levou da estação de trem até onde deveríamos ir, tiramos foto com o cara e tudo o mais hehehehehe



Fomos a um evento da AIESEC, encontramos com Ana e Mariana (trainees de Casablanca) lá, depois ficamos na casa delas, conversando sobre as dificuldades do intercâmbio, as experiências. No domingo almoçamos Tajine e fomos à Mesquita Hassan II, a maior Mesquita do Marrocos




Provavelmente não postarei mais esse ano, então, aí vai um Feliz Ano Novo a todos e nos vemos em 2011 ;)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal (e um pouquinho de alegria)!!

Feliz Natal a todos!!

Hoje vou fazer uma apresentação na AIESEC sobre o Brasil. Preparando a apresentação, comecei a perceber que sinto saudade de 1 coisa específica.

Sinta falta da minha família, amigos, até do calor, mas o que mais sinto saudade é de ALEGRIA! Falta alegria no Marrocos, falta sorriso, falta cor... falta a leveza que a alegria traz. Conseguimos ter pouca coisa e mesmo assim ser alegres, conseguimos passar por momentos difíceis e manter o sorriso no rosto, nosso "ar" é leve. Aqui parece que todo mundo carrega 50kg de pedra nas costas, o "ar" é pesado.

Vou mostrar esse vídeo hoje para o máximo de pessoas que puder para que eles vejam que um pouco de alegria não faz mal a ninguém